quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lançamento

A importante e expressiva vitória alcançada pelo Partido Socialista nas eleições disputadas no passado dia 27 de Setembro deixa magníficos sinais para a disputa eleitoral autárquica em que estamos todos novamente envolvidos.
Foi importante ganhar por tão larga margem depois de tudo o que se passou ao longo do mandato e, em especial, no último ano.

E, quanto a Guimarães, permitiu fixar importantíssimos dados que importa reter.
Se é verdade que o PS teve no Distrito de Braga um resultado superior ao da média nacional, 41,74% dos votos, Guimarães foi, mais uma vez, o concelho do nosso distrito em que o Partido Socialista alcançou o mais elevado número de votos expressos, 44.710, alcançando a mais elevada percentagem entre os concelhos da sua dimensão - 47,14%.

É verdade que a calorosa e participada recepção a José Sócrates na arruada de 18 de Setembro fazia prever um excelente resultado; isto, para além de ter constituído um importante tónico para José Sócrates, como o próprio fez questão de referir perante milhares de vimaranenses que o ouviram no Largo do Toural. Mas o resultado, em alguns aspectos surpreendeu quem estava menos atento. O Partido socialista venceu em 67 das 69 freguesias do concelho. E empatou numa. Um resultado, por isso, muito claro.
Este resultado é um magnífico sinal para as lutas que se avizinham.

Entretanto, as eleições trouxeram outros sinais magníficos. Um deles veio pela pena de Vasco Graça Moura, ex-deputado europeu pelo PSD, hoje, 30 de Setembro, no Diário de Notícias. Diz o cavalheiro:
O povo português acaba de demonstrar a sua fatal propensão para viver num mundo às avessas. Não há nada a fazer senão respeitá-la. Mas nenhum respeito do quadro legal, institucional e político me impede de considerar absolutamente vergonhosa e delirante a opção que o eleitorado acaba de tomar e ainda menos me impede de falar dos resultados com o mais total desprezo.
Só o mais profundo analfabetismo político, de braço dado com a mais torpe cobardia, explica esta vitória do Partido Socialista.
Depois de assegurar que não toma atitude de mau perdedor, ou que há falta de fair-play da sua parte arranca com esta:
O voto nas legislativas revelou-se acomodatício e complacente com o status quo. Talvez por se tratar, na sua grande maioria, de um voto de dependentes directos ou indirectos do Estado, da expressão de criaturas invertebradas que não querem nenhuma espécie de mudança da vidinha que levam e que se estão marimbando para o futuro .e para as hipotecas que as hostes socialistas têm vindo a agendar ao longo do tempo. O que esta malta quer é o rendimento mínimo, o subsídio por tudo e por nada, a lei do menor esforço.
Eis um magnífico sinal que as eleições de 27 de Setembro também nos deixaram. A exigir de nós ainda mais serenidade. Mas a não esquecer, em nenhum momento, que há adversários nossos capazes destas posições quando perdem. E que nós conhecemos quando ganham. Convêm não esquecer e seguir lutando. Serena e tranquilamente. Dando uma resposta à altura já no próximo dia 11 de Outubro.

César Machado

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